nachan87: (Xiah_13 (Tarantallegra))
Dani Fujikawa ([personal profile] nachan87) wrote2012-11-30 03:31 pm
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Bite Me - Prologue

I come among the peoples like a shadow.
...
I am more terrible than armies,
I am more feared than the cannon.
Kings and chancellors give commands;
I give no command to any;
But I am listened to more than kings
And more than passionate orators.
I unswear words, and undo deeds.
Naked things know me.
I am first and last to be felt of the living.
I am Hunger
~Hunger by Robert Laurence Binyon

Prologue

Homem 01: por que exatamente somos nós as pessoas a cuidar disso? Se alguém nos ver--

Homem 02: ninguém irá nos ver. E quanto mais rápido você andar, melhor serão nossas chances. Então pare de ficar enrolando.

Homem 01: (indignado) não estou enrolando! Estou apenas expressando minha opinião sobre o ridículo de toda essa situação.

Homem 02: ridículo ou não, também é nossa função manter o segredo. E todos devemos fazer o que for necessário para isto.

O outro fecha a boca, mantendo uma linha reta com seus lábios, claramente inconformado com toda a situação. Mas também não podendo discutir o assunto, não enquanto eles estão correndo pelas ruas de Tokyo, mais rápidos que qualquer ser humano seria capaz de correr - ou mesmo ver. Sorte que são quase quatro da manhã e eles estão passando por um bairro sem vida noturna.

Homem 02: por quê mesmo que nós deixamos o carro para trás?

Homem 01: pois seu carro chama muita atenção. E nós não precisamos de mais ajuda nisso. E de qualquer forma, já estamos chegando. Ainda não acredito que éramos os mais próximos.

O silêncio do seu amigo confirma que ele também está descontente com isso. "Descontente, mas como ele mesmo disse, inevitável. Só espero que, devido ao horário, o local esteja essencialmente deserto".

Segundos depois, eles param, observando o prédio do outro lado da rua. Enquanto um observa tudo em volta, o outro retira seu celular do bolso para olhar novamente a planta do prédio.

Homem 02: de acordo com isso aqui, tem uma porta lateral que irá nos levar mais perto do necrotério, passando por menos pessoas.

Homem 01: ótimo. Vamos cuidar logo disso porque ainda teremos de lidar com as câmeras de segurança. Não vai adiantar nada modificar a memória das pessoas lá dentro e sermos pegos numa maldita fita. Além do mais, isso é apenas por precaução. Ninguém sabe dizer para que hospital ele foi levado, então talvez isso tudo seja em vão.

O outro assente e guarda o celular novamente. Ele assente e ambos viram em direção ao hospital.

~~~

Legista: quero urgência nisso aqui - passe na frente de todo o resto no qual você estiver trabalhando.

A patologista olha para o médico e de volta para os tubos de ensaio em sua mão. "Nossa, nem um 'boa noite'. E, sério, cinco tubos cheios? Isso não é meio overkill?". Mas ela também repara que eles estão dentro do saco para materiais biocontaminados.

Carol: cinco tu--

Legista: cheque tudo que você puder imaginar, e também pesquise minuciosamente todos os componentes desse sangue. Vai, agora.

Isso deixa a patologista mais irritada ainda. Afinal, eles se encontraram no corredor - onde ela estava a caminho da cafeteria para tirar seus 20min de intervalo e comer algo. Mas ele era seu chefe. Mais ou menos. Bem, certamente era um superior ali dentro. Mais ou menos de novo.

Carol: tudo bem. Assim que eu voltar do meu interva--

Legista: qual parte de imediatamente você não entendeu?! Agora, Pereira-sensei!

E praticamente empurra a moça de volta corredor abaixo em direção ao seu laboratório. A Carol para assim que o momentum do empurrão do outro acaba e vira-se para ele, lançando-lhe laser pelos olhos.

Legista: eu não tenho a noite toda! E o hospital contratou uma patologista para o turno da noite exatamente para situacões como essas! Assim que você descobrir algo, me avise imediatamente!

E sai andando, de volta para o necrotério.

Carol: tá demais mesmo! Estou começando a me arrepender de ter aceitado esse emprego!

Ela volta pelo corredor, mal resistindo a vontade de bater o pé. "E ainda por cima, ele não tem nem a descência de me falar por que o saco para biocontaminados".

Carol: (remedando) 'teste para tudo. Agora mesmo. Qual parte de imediatamente você não entende?'. Idiota.

Assim que ela entra em seu laboratório e a porta fecha-se atrás de si, duas figuras despontam na outra ponta do corredor.

~~~

O mais alto dos dois termina de pegar o corpo em seus braços e observa a expressão - ou melhor, a falta de uma no rosto do legista.

Homem 02: terminou?

Homem 01: agora vá até a cafeteria para o seu intervalo.

O legista encaminha-se em direção à porta.

Homem 01: vamos terminar isso logo. Fique aqui até eu te ligar avisando que está tudo limpo. Vou atrás da patologista para pegar o sangue e depois vou até a segurança apagar--

Não é o legista saindo que o interrompe. Mas sim a presença de uma mulher à porta.

Carol: oh, Isano-sensei. Você não preencheu os dados aqui, então eu não pude começar-- O que vocês estão fazendo??

Primeiro ela só vê dois homens, um deles com um corpo nos braços. No instante seguinte, seu cérebro reconhece as pessoas e seus olhos arregalam-se.

Carol: vocês--

O homem com os braços livres vira-se em sua direção e no seu susto, a patologista esbarra no legista, que estava no caminho, quebrando os tudos de ensaio em sua mão. Os pedaços de vidro cortam sua mão e seu ante-braço, mistando seu sangue com o sangue 'contaminado'. "O que será que tinha nesse sangue?". Num piscar de olhos, uma mão fria agarra seu punho.

Homem 02: esse sangue--

Homem 01: droga. Você não poderia ser mais cuidadosa?!

Apesar da estranheza da situação, a Carol se sente afrontada. "Afinal, eles que estão num necrotério, no meio da noite, roubando um corpo!".

Carol: olha aqui, eu não sei o que vocês estão fazendo aqui, mas eu vou chamar a segurança--

Seja lá o que mais ela quisesse falar fica para a imaginação, pois ela se vê impossibilitada de abrir a boca.

Homem 02: você acha que esse sangue que entrou em contato com o dela foi suficiente para--

Homem 01: não há razão para corrermos riscos. Vamos ter de levá-la conosco. Afinal, tinham muitos tubos com sangue aqui e muito dele entrou na corrente sanguínea dessa menina.

Homem 02: leve-a com você até a segurança então. E nós nos encontramos no seu carro.

Ela vê o homem que ainda está apertando seu punho assentir e no instante seguinte ela se vê andando ao seu lado pelo corredor. Confusa, ela tenta parar, mas não consegue.

"Se você parar de lutar, será melhor".

Tudo dentro de si gela. Essa voz apareceu dentro de sua cabeça, mas definitivamente não era sua. Isso apenas a lança num ataque de pânico maior que o anterior. Ela escuta um suspiro ao seu lado e de repente tudo fica escuro.

~~~~~

Chapter 01.


Carol, acho que vou escrever por aqui, assim posso usar cores para identificar a língua e tudo mais. ^^ Boa leitura. E comente abaixo!


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